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SNR-OF reúne com Serviços Farmacêuticos do CHUP e solicita reunião com Conselho de Administração

Depois de reunir com os Serviços Farmacêuticos do CHUP o presidente da SRN-OF, Félix Carvalho, já solicitou uma reunião com Conselho de Administração do hospital.

O Presidente da SRN-OF, Félix Carvalho, reuniu com os Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP), juntamente com Maria Luís Queirós, membro do Conselho Jurisdicional da SRN-OF.

Durante esta reunião, foram debatidos os pedidos de escusa de responsabilidade dos farmacêuticos do CHUP e também a equivalência à residência farmacêutica para os colegas contratados após 24 de fevereiro de 2020.

O Presidente da SRN-OF manifestou a sua solidariedade relativamente aos problemas de recursos humanos e de logística referidos durante a reunião e, por esse motivo, solicitou uma reunião com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar, com a finalidade de reforçar a necessidade de colmatar as dificuldades verificadas e ouvir os responsáveis acerca das soluções propostas/previstas para a sua resolução.

No que concerne ao segundo ponto da agenda, referente à possibilidade de pedido de equivalência à residência farmacêutica (até à sua implementação) para os colegas contratados após 24 de fevereiro 2020, o Presidente da SRN-OF informou os colegas sobre a proposta de alteração do decreto lei já apresentada à Ministra da Saúde e, posteriormente, à Secretária de Estado da Saúde. Reforçou também a necessidade de se continuar a envidar os melhores esforços para que a justiça seja implementada para os colegas que se encontram nesta situação. Salientou ainda o facto da aprovação desta proposta de alteração ao decreto-lei não ter implicações financeiras para o SNS, não vendo assim razões ou entraves à sua concretização.

Os colegas dos Serviços Farmacêuticos do CHUP manifestaram, durante a reunião, que os pedidos de escusas de responsabilidade se devem à falta de recursos humanos e a problemas logísticos, que colocam dificuldades à plena realização do ato farmacêutico.

No que concerne à falta de recursos humanos, pode-se constatar que, à data, existem neste serviço 28 farmacêuticos, sendo necessários mais 15, de acordo com o algoritmo do plano de atividades elaborado pelos Serviços Farmacêuticos.

Destas 15 vagas, 5 destinam-se a efetivar as 5 contratações precárias realizadas durante o período de pandemia. As restantes (10) são absolutamente necessárias para as atividades normais e essenciais dos serviços.

Pode-se aferir que os colegas apontam uma grande dificuldade em realizar atividade assistencial, nomeadamente ao centro materno-infantil, dar apoio aos serviços clínicos, efetuar a reconciliação da terapêutica e a consulta farmacêutica, bem como participar nos programas de hospitalização domiciliária. Referiram ainda a necessidade de cobertura de recursos humanos nas áreas das preparações não estéreis, gases medicinais, medicina nuclear e farmacocinética (esta última ainda sem apoio farmacêutico).

Estes problemas têm implicações imediatas na otimização da utilização de medicamentos, com prejuízos elevados para o hospital (de notar que alguns medicamentos atingem valores de milhões de euros). O Conselho de Administração do CHUP é informado regularmente sobre a poupança que seria possível fazer a este nível com a contratação de novos farmacêuticos.

No que concerne aos problemas logísticos, a SRN-OF teve ainda oportunidade de verificar a falta de condições de trabalho, essencialmente devido a problemas de espaço, com gabinetes em corredores, onde também se acumulavam caixas de cartão com medicamentos e soros.

Existe um espaço contíguo aos serviços farmacêuticos, onde se acumulam peças obsoletas/museu, que poderia ser utilizado para colmatar as suas necessidades imediatas.

Os colegas dos Serviços Farmacêuticos, referiram ainda a falta de dignidade no atendimento aos doentes de ambulatório, onde o respeito pela confidencialidade do doente nem sempre é salvaguardado. Outro aspeto logístico deficiente tem a ver com a falta de automatização. Existe já um projeto para o efeito, que ainda não passou do papel. 

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